Índice |
Páginaxxxxx |
01
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Introdução..................................................................................................
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03 |
02
– Descrição da
Planta...................................................................................
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04 |
03
–
Histórico....................................................................................................
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04 |
04
- Forma de Uso e Outros
Narcóticos Derivados da Maconha......................
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06 |
05
– Princípio Ativo........................................................................................ |
07
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06
– Como a Maconha Age no
Organismo....................................................... |
07
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07-
Efeitos no
Organismo.................................................................................
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09
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08
– Dados Estatísticos sobre a
Maconha.........................................................
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11
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09
– Recuperação de
Viciados..........................................................................
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11
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10
- Conclusão...................................................................................................
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12
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11
-
Bibliografia................................................................................................
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13
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02- Descrição da Planta
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Nome: Maconha * Quimbundo:
língua do grupo Banto, falada em Angola. |
03- Histórico |
A maconha (palavra de origem angolana) é
uma das drogas extraídas de plantas mais antigas, os registros mais remotos datam
de 2723 a.C., quando foi mencionada na Farmacopéia chinesa. Outras informações
históricas evidenciam a existência da maconha em uma cerâmica com marcas da
fibra do vegetal encontrada há mais ou menos 4.000 a.C. no norte da China
central. Difundiu-se gradualmente para a Índia, Oriente médio, chegando a
Europa somente nos fins do século XVIII e início do XIX, passando pelo norte da
África e atingindo as Américas. Até então, era utilizada principalmente por
suas propriedades têxteis e medicinais. Os romanos valorizam a planta
principalmente por causa das resistentes cordas e velas para navio produzidas
com sua fibra.
Após a viagem de Vasco da Gama,
navegadores portugueses introduziram na África e na Ásia o tabaco. Em troca,
seus navios trouxeram escravos acostumados a fumar maconha para o Brasil. Aqui
ela também foi utilizada para produção de fibras, na mesma época, nos Estados
Unidos, George Washington, Thomas Jefferson e fazendeiros importavam da Europa
a semente para o plantio. As carroças dos pioneiros na conquista do oeste
americano eram protegidas com lonas feitas a partir das fibras da maconha.
Navios portugueses, espanhóis, holandeses, franceses e ingleses dependia tanto
das velas e cordas de maconha que seus governos espalharam sementes da planta por
todo o planeta.
Até o século XX a maconha era mais famosa
nas Américas como fibra têxtil e como planta medicinal. De meados do século XIX
até os anos 40 a maconha constava na farmacopéia oficial de vários países.
Remédios a base de maconha eram disponíveis em qualquer farmácia.
No ocidente a maconha começou a
ser usada como psicotrópico por escritores e artistas no século XIX, como os
poetas franceses Rimbaud e Baudelaire, mas sua utilização restringia-se a
pequenos círculos boêmios das grandes cidades e as colônias de imigrantes
asiáticos e africanos. Em meados do século XX, porém, os cientistas
identificaram os efeitos colaterais da maconha e seu uso acabou restringido ou
excluído nas farmacopéias, sendo proibido por lei em vários países. O consumo da
maconha, entretanto, passou a ser disseminado no mundo nos anos 60. A difusão
do Rock e de Woodstock, bem como o avanço hippie em muito colaborou para que a
maconha se espalhasse pelos Estados Unidos e desde este país fosse dissiminada
para o mundo todo. Seu uso era freqüente entre as classes mais baixas e mais
tarde foi difundido entre os jovens de todas as classes. Na década de 1960 a
maconha era usada em shows de rock, juntamente com outras drogas e atingiu
grande abrangência entre os jovens, sendo inclusive usada por soldados
americanos na Guerra do Vietnã. No Brasil a droga é usada principalmente no
pela população jovem de classe baixa, média e alta. Nos últimos anos as
estatísticas mostram que a maconha está sempre entre as drogas ilícitas mais
consumidas pelos jovens estudantes colegiais e universitários.
04 - Forma de Uso e Outros Narcóticos Derivados da Maconha
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A maconha é
usada como fumo, das folhas e algumas vezes de flores da planta.Também o
haxixe, uma outra forma de narcótico é proveniente da maconha com a
diferença de que utiliza a resina que cobre as flores e as folhas da parte
superior da planta. É um extrato, e por isso o haxixe é muitas vezes mais
potente que a maconha comum. Haxixe: droga psicoativa constituída pela resina viscosa e dourada que cobre as folhas da maconha. O efeito máximo da haxixe ocorre 30 minutos após sua absorção, mascado ou fumado. Skunk: droga psicoativa, derivada da maconha, produzida em laboratório. Contém altas concentrações de THC e efeitos que chegam ser até 10 vezes mais fortes que a maconha comum |
05-
Princípio Ativo
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São mais de 60 substâncias que se
encontram presentes na maconha, chamadas pelo nome genérico de canabióides. O
tetrahidrocanabiol é a substância preponderante e o principal princípio ativo
da maconha. Também é conhecido o delta 9 tetrahidrocanabiol. Sua concentração
pode se de 1% a 5% na maconha comum e de
até 33% no skunk. |
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06- Como a Maconha Age no Organismo |
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Quando um psicotrópico chega ao cérebro,
estimula a liberação de uma dose extra de um neurotransmissor, provocando as
sensações de prazer. À medida que o uso vai se prolongando, o organismo do
usuário tenta se ajustar a esse hábito. O cérebro adapta seu próprio
metabolismo para absorver os efeitos da droga. Cria-se, assim, uma tolerância
ao tóxico. Desse modo, uma dose que normalmente faria um estrago enorme
torna-se em pouco tempo inócua. O usuário procura a mesma sensação das doses
anteriores e não acha. Por isso, acaba aumentando a
dose. |
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Fazendo isso, a
tolerância cresce e torna-se necessária uma quantidade ainda maior para obter o
mesmo efeito. A dependência vai assim se agravando continuamente. Como o
psicotrópico imita a ação dos neurotransmissores, o cérebro deixa de
produzi-los. A droga se integra ao funcionamento normal do órgão. E quando
falta o “impostor” químico, o sistema nervoso fica abalado. É o que
popularmente se conhece como a síndrome da abstinência da droga.
Os neurotransmissores são
substâncias químicas capazes de transmitir um sinal elétrico de um neurônio a
outro. Assemelham-se a um eletrólito de bateria, o qual permite que a corrente
elétrica circule pelas placas. Depois de retransmitir o sinal elétrico o neurotransmissor
normalmente é reabsorvido, para não ficar estimulando indefinidamente os outros
neurônios, permitindo que eles possam reagir rapidamente a novas exigências.
As drogas que provocam
euforia, como a cocaína, impedem essa reabsorção, de modo que o cérebro fica
super-ativado.
Não é difícil perceber o estrago que essa
intervenção antinatural pode provocar, quando se sabe que num minuto ocorrem
trilhões de trocas neuroquímicas no cérebro. Não é sem razão que muitos
especialistas em drogas chamam esse estado de "prazer espúrio"... Os
especialistas costumam dividir as drogas em dois tipos: leves e pesadas. Drogas
leves são as que causam "dependência psíquica", que significa o
desejo irrefreável de consumir a droga. Drogas pesadas são aquelas que além da
dependência psíquica causam também a física, ou seja, a sua falta acarreta uma
síndrome de abstinência tão violenta, com sintomas físicos tão dolorosos, que o
viciado procura desesperadamente pela droga a fim de aliviar a ânsia de
consumo. Por essa razão, fumo e álcool podem ser considerados como drogas
pesadas, apesar de serem socialmente aceitas.
07-Efeitos no organismo |
Ao chegar na corrente sangüínea, a
maconha passa por todos os tecidos do organismo. As sensações experimentadas
variam com o teor de Delta 9THC das preparações (que varia de acordo com a
parte da planta utilizada e o modo como são preparadas), via de introdução e
absorção do Delta 9THC. Os efeitos variam muito de indivíduo para indivíduo e
dependem da personalidade e mesmo do grau de experiência do indivíduo no uso
da droga. |
Os efeitos são os mais diversos
possíveis, a seguir listados, estão alguns efeitos e males causados pelo uso da
maconha:
A curto prazo, os
efeitos comportamentais típicos são:
1. período
inicial de euforia (sensação de bem-estar e felicidade, seguido de relaxamento
e sonolência).
2. quando
em grupo, ocorrem risos espontâneos (risos e gritos imoderados como reação a um
estímulo verbal qualquer).
3. perda
da definição de tempo e espaço: o tempo passa mais lentamente (um minuto pode
parecer uma hora ou mais), e as distâncias são calculadas muito maiores do que
realmente são (um túnel de 10 metros de comprimento, pôr exemplo pode parecer
ter 50 ou 100 metros).
4. coordenação
motora diminuída: perda do equilíbrio e estabilidade postular.
5. alteração
da memória recente.
6. falha
nas funções intelectuais e cognitivas.
7. maior
fluxo de idéias
8. pensamento
mais rápido que a capacidade de falar, dificultando a comunicação oral, a
concentração, o aprendizado e o desenvolvimento intelectual.
9. idéias
confusas.
10. aumento
da freqüência cardíaca (taquicardia).
11. hiperemia
das conjuntivas (olhos vermelhos).
12.
aumento do apetite (especialmente por doces) com
secura na boca e garganta.
Doses
mais altas de podem levar a:
1. -alucinações,
ilusões e paranóias.
2. -pensamentos
confusos e desorganizados.
3. -despersonalização.
4. -ansiedade
e angústia que podem levar ao pânico.
5. -sensação
de extremidades pesadas.
6. -medo
da morte.
7. -incapacidade
para o ato sexual (até impotência).
A longo prazo, a extensão dos
danos, bem caracterizados, se restringem ao sistema pulmonar e
cardiovascular. 1. -maior
risco de desenvolver câncer de pulmão. 2. -diminuição
das defesas, facilitando infecções. 3. -dor
de garganta e tosse crônica. 4. -aumenta
os riscos de isquemia cardíaca. 5. -percepção
do batimento cardíaco. |
Observação:
A mulher que amamenta passa as toxinas da droga para a criança através do leite
materno.
08-Dados Estatísticos sobre a Maconha |
O consumo da maconha começou a subir na década de 1960-70 chegou ao ápice em 1979 depois caiu, voltando a avançar em 1994. Nos EUA em 1992, 4% da população tragava a maconha. Avaliações feitas pela OMS, indica que em 1997 o número de
usuários de maconha era de 140 milhões de pessoas. A OMS afirma ainda que o
uso da maconha tende a aumentar. |
Drogas em Escolas do Rio de Janeiro - RJ
(pesquisa
com 3139 alunos de 1º e 2º grau, entre 1997 e 1998)
Droga |
Idade de Iniciação (anos) |
Usam com freqüencia (%) |
Consumo entre
universitários (%) |
Solventes/inalantes |
12,7 |
2,8 |
18,0 |
Maconha |
13,8 |
2,0 |
28,0 |
Cocaína |
13,6 |
0,6 |
3,0 |
Fonte: Revista
GALILEU Nº 08, Editora Globo Ciência 1999
09-Recuperação de Viciados |
A recuperação de viciados da maconha não se difere muito da forma de recuperação de outros viciados. Acontece ainda que geralmente um viciado em maconha, que é uma droga de poder viciativo moderado, também é viciado em outras drogas como a cocaína e álcool. A dependência é considerada como doença, e cada caso é um caso único a ser tratado. As atividades de recuperação de viciados concentram-se em clinicas especializadas, onde o viciado não tem contato com a droga. Em clínicas especializadas os doentes passam por uma análise histórica e depois são tratados e acompanhados por psicólogos, psiquiatras e médicos. Há também as clínicas localizadas no campo em forma de comunidades. Ali os viciados estão em contato com outros viciados com o mesmo problema. Os viciados tem acompanhamento médico e religioso, e se curam conforme eles mesmo dizem, pela força da fé. Nas clínicas campestres pessoas em recuperação passam por aconselhamento e são instruídos a trabalhar em atividades agrícolas. Muitos trabalhos dessa forma tem conseguido bons resultados, como por exemplo a comunidade Betânia em Santa Catarina e a comunidade do Padre Aroldo. Há também os que procuram em igrejas evangélicas de diferentes denominações para se livrar do vício e obtém resultados positivos. |
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10-Conclusão
É impossível dizer que a maconha não faz mal. É um vício, considerado por muitos como doença. Quem está vendo de fora pouco sabe sobre ela. Quem já viveu uma experiência com maconha tem outra visão. Por melhor que seja o prazer causado pela inalação de um cigarro feito de maconha ele com certeza não trará bons resultados no futuro. A maconha chega ate o usuário pelo traficante, que repassa a droga a um conhecido, que por sua vez oferece a um não viciado. Ai está a dinâmica de iniciação do novo viciado, em geral fumante. São inúmeras as consequências maléficas do uso da maconha, que vão desde baixo rendimento nos estudos até alterações hormonais. O vício sempre é mais forte e pensando no prazer ou por vício o usuário ser esquece das consequências a longo prazo e reincide novamente.
Então é correr atrás do prejuizo, tentar se livrar do vício da maconha, que geralmente leva a outros vícios, pois onde há maconha quase sempre também há outras drogas. Do ponto de vista técnico, a maconha age no cérebro alterando sua função, causando várias conseqüências. Há portanto muita coisa a dizer e se fazer para se minimizar o uso da maconha. Devemos começar por entender como ela age e seus efeitos.Instruir as novas gerações para que não caiam no vicio.
11-Bibliografia:
William T. Stearn
Dictionary
of Plant Names For Gardners
Cassel Publishers Limited – London, 1994
Grande Enciclopédia
Larrusse Cultural
Editora Nova Cultural & Folha de São Paulo 1995
Notas de Aula de
Toxicologia
Curos de Posgraduação em Eng. de Segurança do Trabalho IEP/UFPR 2001
Revista
SUPERINTERESSANTE Nº 04
Editora Abril 1998
Revista GALILEU Nº 08
Editora Globo Ciência 1999
Internet
http://casadamaconha.hpg.com.br